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Endometriose

24 Abril, 2021

A Endometriose é uma doença que pode causar infertilidade. Infelizmente, o diagnóstico quase nunca é precoce, ou seja, o tempo médio para descobrir o problema normalmente é de seis a oito anos. O endométrio não deve expandir-se para outros órgãos. Quando isto acontece, causa uma reação inflamatória que pode ser discreta ou de forte intensidade. A partir daí, a mulher começa a sentir os sintomas da endometriose.

 

A endometriose é conhecida como a doença da mulher moderna. Por conciliar várias funções diárias, como ser profissional, mãe e esposa, a mulher acaba por ficar mais stressada e com a imunidade baixa. Deste modo, torna-se mais recetiva à endometriose, que tem uma componente imunológica e genética.

 

Quais são os sintomas da endometriose?

A partir de uma diversidade de sintomas, que podem impactar negativamente a vida da mulher, as queixas mais comuns costumam ser a dor e também a infertilidade.

Há quem seja mais resistente e, na presença de quadros avançados apresente mínima ou nenhuma dor, e há quem seja mais sensível a pequenos estímulos, apresentando mais dor frente a uma endometriose mais leve. Entre os sintomas mais relatados pelas mulheres com endometriose estão: a dor no período menstrual, durante a relação sexual (principalmente quando a penetração é profunda), ao urinar, ao evacuar (pode estar ou não acompanhada de sangramento nas fezes), e em quadros mais avançados, a dor crónica. Existem inúmeros sintomas menos comuns que podem também estar presentes como, por exemplo, urgência ao urinar ou evacuar e aumento da produção de gases.

 

A Endometriose tem cura?

Antes de falar em cura é necessário perceber que a endometriose é uma doença causada por células e apenas durante a cirurgia é possível observar e retirar aquelas que se aglomeraram e formaram nódulos. Não há justificação para retirar tecidos visualmente saudáveis, o que também pode ter consequências negativas. Devido a este fator, não é muito indicado usar a palavra cura, mas pode falar-se em controle, no qual é possível considerar a doença estacionada.

Mesmo que a cirurgia seja bem-sucedida, é importante fazer um acompanhamento anual com o especialista para evitar assim, um possível retorno da endometriose.

 

É possível engravidar com endometriose?

A endometriose pode realmente causar infertilidade, mas isto não é uma regra. Normalmente, a situação depende de quando foi feita a descoberta da doença, para além da sua gravidade. Por isso, é muito importante diferenciar infertilidade e esterilidade. Acredita-se que quanto mais avançada a endometriose, mais difícil será engravidar, pois a inflamação em excesso e a distorção da anatomia local são fatores importantes que atrapalham a gestação. Entretanto, há exceções à regra e isto pode ser encontrado nos dois extremos: mulheres com quadros avançados e que não apresentaram dificuldades em engravidar; e mulheres que apresentam quadros leves, mas têm dificuldade em engravidar.

 

Riscos de uma gravidez com endometriose

A gestação funciona como um bloqueio do ciclo ovariano-menstrual devido à grande circulação de progesterona, hormona responsável no combate à endometriose. Por isso, neste período, muitas mulheres costumam notar um alívio nas dores e nos sintomas da doença. Nos casos em que as dores continuam ou pioram podem encontrar-se mulheres que já apresentavam quadros dolorosos de longa data, configurando algo conhecido como dor crónica. A associação entre endometriose e gestação pode predispor o aparecimento de algumas situações como parto prematuro, recém-nascido pequeno para a idade gestacional, aumento dos partos de cesariana e pré-eclâmpsia. Importante também lembrar, que há um aumento no risco e não uma certeza de que irá acontecer.

 

Endometriose atrapalha a vida sexual?

Depende, pois a relação sexual é compreendida de maneiras diferentes para cada mulher. No entanto, a endometriose afeta as mulheres ao produzir fatores inflamatórios dolorosos e nódulos em locais específicos que facilitam a dor. A dor durante a relação sexual é um grande sintoma deste problema.

Mas, durante a consulta médica, cabe ao ginecologista identificar os motivos da dor, que podem ser dois: a dor profunda que está mais relacionada a endometriose ou a dor logo no início da penetração que está mais vinculada à dor crónica.

Normalmente, nas primeiras vezes a dor pode até acabar passando despercebida e causando apenas desconfortos pontuais. Mas, quando esta for recorrente, pode ocorrer uma piora progressiva na diminuição da líbido, lubrificação, ausência de orgasmos e também dor durante e após a relação sexual. A perpetuação deste círculo vícioso pode desencadear um quadro de dor pélvica crónica e memória da dor, tornando o quadro cada vez mais complexo. Na presença de dor durante a relação sexual, a mulher deve ficar atenta ao período do mês e à situação na qual esta acontece. Estes detalhes serão importantes para o seu ginecologista identificar a causa e lhe indicar os melhores tratamentos.

 

Sofre ou sofreu de endometriose? Esperamos que a informação deste post lhe possa ser útil.

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