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Amor-próprio na maternidade

10 Fevereiro, 2021

Muitas vezes negligenciado, o amor-próprio, principalmente na gravidez e no pós-parto, é de extrema importância. Só satisfeita e de bem consigo mesma é que a mulher consegue ser uma melhor mãe para os seus filhos. Dar atenção a si própria para poder dar ainda mais amor aos outros, principalmente aos filhos.  

Pesquisadores da Universidade de Tilburg, na Holanda, analisaram, durante nove anos, os dados de mais de 84 mil mulheres norueguesas e descobriram que há um declínio na autoestima durante a gestação, seguido por um aumento nos seis primeiros meses após o parto, passando por uma nova queda até a criança completar 3 anos. 

Muitas vezes com as comparações e as expectativas familiares e os julgamentos de pessoas próximas, numa altura tão delicada como esta pode fazer com que as mães se vão abaixo e não acreditem que são capazes de exercer o seu papel como mãe.  

Deve haver mais empatia e, a partir daí, diminuir o nível de exigências e expectativas. As pessoas preocupam-se muito com o bem-estar do bebé e esquecem que a mulher também precisa de se sentir bem.  

Na realidade, a tendência natural nos primeiros anos é que os cuidados com os filhos tomem boa parte do tempo das mães e o autocuidado e amor-próprio fica esquecido. A questão é que, para cuidar do outro, primeiro é preciso cuidar de si. E isso não tem nada a ver com egoísmo. Uma mãe mais feliz com certeza vai criar um filho mais feliz também.  

Deixamos-lhe algumas dicas para cultivar o amor-próprio nesta fase: 

 

Tire uma hora para cuidar de si!
Se for preciso aproveite a presença do pai ou dos avós, ou até mesmo, das sonecas do bebé e faça algo por si! Acredite: beber um café, tomar um banho de imersão, ler um livro, dar uma pequena caminhada ou até mesmo não fazer nada são atitudes valiosas para recarregar as energias e retomar o gosto pelos hábitos que sempre apreciou, mas que ficaram adormecidos com a chegada do seu filho. 

 

Faça pequenos momentos de atenção plena.
Saia do modo “piloto automático”, e dê um pouco de atenção ao seu corpo. É preciso valorizar e incentivar a prática de pausas no quotidiano. Estas são restauradoras e preparam-nos para os próximos desafios. Nestas pausas, coloque os pés no chão, ouça o seu corpo e sua frequência cardíaca e observe o que realmente necessita para se sentir melhor. Depois, direcione a atenção para o que está a acontecer naquele momento. Ao nos observarmos melhor, fazemos também escolhas mais conscientes.

 

Cultive o auto-cuidado.
Olhar com carinho para o seu corpo é também uma maneira de resgatar o amor próprio e sentir-se melhor para encarar as outras tarefas do dia. Um banho mais demorado, com direito a automassagem e hidratação no cabelo, maquilhar-se e vestir-se, qualquer coisa que a faça sentir bem consigo mesma e que a faça sentir-se mulher. Aproveite os momentos em que as crianças estão dormiou quando há ajuda para cuidar delas e invista nisso.  

 

Ouça música.
A música tem a incrível capacidade de nos conectar com a nossa história, resgatar lembranças e até sentimentos que nem nos lembrávamos que existiam. Então, nada melhor do que ouvir as suas músicas favoritas, fechar os olhos e, mesmo que seja com o bebé nos braços, dançar ao som da música que lhe enche o coração. 

 

Abrace a nova mulher em que se tornou.
Não caia na armadilha de comparar o seu corpo antes de ter filhos com o de agora. Muito menos compará-lo com o de outras mães. Cada um tem uma história e é preciso acolher e abraçar a mulher que você se tornou. Em vez de se focar nas partes do seu corpo que não gosta, valorize o que você gosta nele. Evite olhar para referências externas e procure usar as roupas que a fazem sentir-se bonita. Use-as porque você se sente bem e não porque precisa de estar bem vestida para ser aceite. Vista-se para si mesma, foque-se nos seus gostos e no que faz sentido para si. 

 

Reconecte-se.
Estar rodeada por amigas que são mães é incrível. Dá para trocar experiências e perceber que não está sozinha nas suas dúvidas e angústias. Mas resgatar o contacto com quem conhece há muito tempo pode ser ótimo para ver além da maternidade. Os amigos que não são pais também podem ficar animados com a sua aproximação, já que a tendência é ocorrer um afastamento natural. Certamente ambos os lados sairão mais felizes. 

 

Journaling – meta tudo no papel.
Escrever o que está a vivenciar, do que gosta, o que fez, contribui para que se aproprie da sua história e das experiências, ajudando também na organização e reconhecimento dos seus sentimentos. Um recente estudo, realizado por pesquisadores da Denison University, em Ohio (EUA), analisou 421 pessoas e concluiu que escrever sobre as experiências vividas pode aumentar a autoestima.  

 

Reconforto na cultura.
Foram tantos meses a ler e a ver coisas sobre maternidade, o quarto do bebé, as roupas, etc., que, às vezes, até se esquece que adorava filmes de ficção científica, livros de suspense ou séries românticas. Voltar para esses velhos hobbies pode ajudá-la a sentir que fez algo de bom a si mesma – mesmo que por pouco tempo – e assim, a rotina extenuante tende a tornar-se mais leve, enquanto resgata um pouco desses hábitos que lhe trazem alegria. 

 

Aproxime-se das pessoas que lhe fazem bem.
Para quem tem a sorte de ter parentes queridos e amigos por perto, vale a pena combinar encontros rápidos (ou neste caso, em tempo de pandemia, uma videochamada) e simplesmente falar à toa. As pessoas que a amam sabem quem você é e não irão julgá-la pelos desabafos sobre a rotina com os seus filhos. 
 

Como está a cultivar o seu amor-próprioEsperamos que este post lhe possa ser útil.  

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