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Refluxo nos bebés

31 Julho, 2021

O refluxo é muito comum em bebés até aos seis meses (mas adultos de qualquer idade podem ter). Na maior parte dos casos, o refluxo gastroesofágico é uma consequência da imaturidade do sistema digestivo, principalmente até aos 12 meses.

 

O refluxo gastroesofágico consiste no retorno dos alimentos do estômago para a boca (ou até mesmo para o nariz), através do esófago. Popularmente chamado de regurgitação ou bolsar, este é causado pela imaturidade de uma válvula que se localiza à entrada do estômago. Esta condição é muito comum em bebés, principalmente antes dos seis meses de idade.

 

Este pode acontecer logo após a mamada ou algumas horas depois que o bebé foi amamentado. O refluxo acontece em cerca de 50% dos casos. Conforme o volume de leite que a criança ingere aumenta, é comum que o problema piore um pouco. Mas, após o quarto mês de vida, a regurgitação melhora.

 

É necessário ficar atento ao refluxo e procurar um especialista caso o bebé tenha quatro meses de vida e chore várias vezes ao dia, além de apresentar sinais de que está a sentir dor. Por trás do problema, pode existir um caso de esofagite ou outra condição, o que pede uma investigação médica para iniciar o tratamento correto.

 

Sintomas de refluxo

– Vómito

– Regurgitação

 

Quem pode ter refluxo?

Apesar de ser mais comum em bebés, o refluxo pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. A válvula, que causa o problema, tende a amadurecer a partir dos seis meses de idade impedindo que haja regurgitação. Além disso, a inserção de alimentos mais consistentes e sólidos durante a introdução alimentar também ajuda a melhorar o problema.

 

Tipos de refluxo

– Oculto: acontece quando o alimento não volta para a boca ou nariz;

– Fisiológico: caracterizado pela ausência de sintomas, metade das crianças pode ter este problema;

– Patológico: está associado ao baixo ganho de peso, engasgos e esofagite. Neste caso, o problema causa dores fortes.

 

Refluxo fisiológico x refluxo patológico

O refluxo fisiológico é mais comum e normalmente não necessita de tratamento, já que este não traz riscos para a saúde da criança. No entanto, o refluxo patológico pede uma maior atenção dos pais e do pediatra, e requer cuidados médicos específicos. Os principais sintomas são engasgos fortes e frequentes, seguidos de dor intensa e prolongada causada por esofagite. Ao contrário das dores de cólicas, que melhoram a partir do segundo mês de vida do bebé, a dor no esófago tende a piorar a partir deste momento.

 

Caso o seu filho tenha refluxo patológico, o ideal é usar um colchão anti-refluxo e esperar uma média de vinte a trinta minutos após a amamentação para deitar o bebé. Procure sempre um especialista para realizar os exames e iniciar o tratamento correto. Nos casos de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), a criança pode apresentar sintomas como:

– Azia;

– Náuseas;

– Dor de garganta.

 

Crianças com DRGE precisam de acompanhamento médico ao longo de toda a infância. Em alguns pacientes, o sintoma de refluxo pode amenizar ou desaparecer, mas outras pessoas podem começar a apresentar algumas alterações clínicas associadas ao problema.

 

Tratamento para refluxo

O tratamento para o refluxo consiste no uso de medicamentos antiácidos (de acordo com prescrição médica), posicionar corretamente o bebé para ser amamentado e colocar colchões anti-refluxo no berço.

Para evitar o refluxo nos nossos bebés pode também adotar as seguinte medidas:

– Colocar o bebé a arrotar durante e após as mamadas;

– Evitar deitar o bebé nos primeiros 30 minutos após a mamada;

– Amamentar o bebé na posição vertical, pois permite que o leite fique no estômago;

– Manter o bebé com a boca bem preenchida com o mamilo ou com o bico do biberão, para evitar que engula muito ar;

–  Dar refeições frequentes durante o dia, mas em pequenas quantidades para não encher muito o estômago.

Com estas dicas, é possível evitar o refluxo em excesso, mas caso note alguma irregularidade, não hesite em procurar auxílio médico!

Além disto, é importante reforçar que o leite materno é o melhor alimento para combater o problema: é de fácil digestão e diminui a probabilidade de o conteúdo do estômago voltar pelo esófago.

 

Pode o refluxo ser sinal de alergias ou intolerâncias alimentares?

Na maior parte dos casos, o refluxo é fisiológico e melhora ao longo dos primeiros seis meses de vida do bebé. Alguns bebés podem apresentar quadros mais prolongados, que duram até ao primeiro ano ou um pouco mais. Numa pequena parte dos casos, o refluxo pode ser sinal de alergia a algum alimento, principalmente o leite de vaca. Nestes casos, costuma ser bem intenso e acompanhado de dor várias vezes ao dia, de intensidade variável, e por outras manifestações, como, por exemplo, fezes com sangue ou muco e dermatite atópica, entre outras.

 

A alimentação da mãe influencia o refluxo do bebé?

Não há relação entre o refluxo e os alimentos que a mãe consome. É importante que esta tenha uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, principalmente durante o período de amamentação, para garantir uma boa produção de leite.

 

E o seu bebé teve refluxo durante muito tempo?

Esperamos que este post lhe possa ser útil.

Partilhe este post com quem achar que pode usufruir e beneficiar desta informação.

 

Fontes: dr. Jorge Huberman, pediatra e neonatologista e dr. Claudio Len, médico do departamento Materno-Infantil do Hospital Albert Einstein (Brasil).

 

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