FEITO EM PORTUGAL
ENVIOS EM 24H

Diabetes Gestacional: o que precisa saber

12 Outubro, 2020

A diabetes gestacional é um distúrbio caracterizado pelo aumento do nível de açúcar no sangue nas grávidas e que pode levar a futuros problemas de saúde, tanto para a mãe, quanto para o bebé. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, a diabetes gestacional afetou cerca de 7,2% das gestantes. Os casos da doença têm aumentado expressivamente. Os últimos estudos relacionam este aumento às mudanças nos critérios para seu diagnóstico e a fatores como obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares da população.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a considerar glicemia elevada e alerta de diabetes gestacional as taxas de 92 mg/l de glicose no sangue quando analisado em jejum. Antes, este valor era de 95 mg/l. A nova diretriz prova que o diabetes quando aparece na gestação é um sinal de alerta e precisa de ser diagnosticado e tratado o quanto antes.

 

Como desconfiar do problema?

Algumas mulheres são mais predispostas a terem a doença do que outras, especialmente se a gestação for tardia. Primeiramente se o exame do açúcar no sangue tiver alterações, ou seja, maior que 92mg/dl em jejum. Depois, se a paciente tiver histórico de diabetes na família ou na gravidez passada deve estar muito atenta. A gestante também deve suspeitar quando começa a engordar e apresentar inchaço nas extremidades acima do normal. A elevação da pressão arterial é um sinal indireto. Na ultrassonografia, o seu médico pode notar sinais como o bebé aumentar muito de tamanho e peso e o líquido amniótico aumentar de volume.

 

Quais são as consequências?

A diabetes gestacional causa o aumento dos níveis de glicose no sangue. Normalmente, o problema desaparece depois do nascimento da criança, mas, quando não tratada, pode trazer riscos à saúde do bebé, como parto prematuro, doenças cardíacas, desenvolvimento da síndrome da angústia respiratória (que é a dificuldade para respirar ao nascer), icterícia e obesidade na infância ou adolescência.

 

Como é feito o diagnóstico da diabetes gestacional?

A diabetes gestacional pode ser diagnosticada desde o início da gravidez, a partir dos primeiros exames realizados no pré-natal, ou manifestar-se mais tarde, em geral, a partir da 24ª semana de gestação. O problema acontece pois durante a gravidez a placenta produz uma série de hormonas que podem levar à resistência da ação da insulina, hormona responsável por controlar a glicose no sangue.

A doença pode ser descoberta através de exames como a glicemia em jejum, curva glicémica e hemoglobina glicada, que devem ser indicados pelo seu ginecologista ou obstetra. A partir daqui, o acompanhamento médico torna-se mais específico e deve incluir avaliações periódicas e mais detalhadas. Além das consultas com o obstetra, é muito importante que a gestante opte por uma mudança de hábitos, incluindo uma dieta saudável e a prática de exercícios, que auxiliam no controle dos níveis de glicose no sangue e no bom funcionamento da insulina.

Como tratar a diabetes gestacional?

O tratamento depende muito do caso. Pode ser apenas com exercícios e dieta até ao uso de insulina. Em casos mais complicados, tem de se internar a paciente para controlar o açúcar no sangue e monitorizar o bem-estar do bebé. A diabetes gestacional, em si, não é indicação para o parto cirúrgico.

Atenção à sua alimentação!

Para prevenir a diabetes gestacional, o ideal, segundo os especialistas, é afastar-se do excesso de açúcar, doces e hidratos de carbono, assim como ingerir uma maior quantidade de frutas, verduras e legumes, ricos em fibras, que melhoram a circulação e diminuem o inchaço. A diabetes gestacional acontece principalmente depois de 24 semanas, quando a placenta produz hormonas que são hiperglicemiantes, e essa hiperglicemia fisiológica se não for contra balanceada com uma qualidade de estilo de vida favorável, com exercícios físicos, dieta equilibrada, pode desenvolver este problema. Isto pode levar a complicações para o bebé, inclusive má formação cardíaca, alteração respiratória e um ganho exagerado de peso, que repercute na vida adulta, com síndrome metabólica, pressão alta, alteração de triglicérides e obesidade.

 

 

A diabetes gestacional pode estar ligada ao sexo do bebé?

Segundo o estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, sim. O risco de uma mãe grávida ter diabetes gestacional durante a gravidez, bem como diabetes tipo 2 mais tarde, está ligado a saber se ela está grávida de menino ou menina. E acontece que as mulheres no estudo que estavam grávidas de meninos eram mais propensas a ter diabetes na gravidez do que aquelas que iriam ter meninas.

No entanto, enquanto o estudo determinou uma ligação entre o sexo do bebe e o risco da mãe, não provou causa e efeito (nem foi projetado para isso). Acredita-se que a diabetes gestacional ocorre devido a uma combinação de anormalidades metabólicas subjacentes na mãe e alterações metabólicas temporárias que ocorrem durante a gravidez. Descobertas sugerem que um feto masculino leva a maiores alterações metabólicas associadas à gravidez do que um feto do sexo feminino. Noutras descobertas da pesquisa, descobriu-se que as mulheres que tiveram diabetes gestacional durante a gravidez com bebés do sexo feminino também apresentaram um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 posteriormente. Isto sugeriu, no entanto, que essas mulheres tinham outros problemas de saúde subjacentes.

 

Teve ou tem diabetes gestacional? Esperamos que este artigo lhe possa ter sido esclarecedor.

 

 

Partilhe este artigo com todas as pessoas que podem beneficiar desta informação.

Fechar
InstagramPinterest
Esta página utiliza cookies que permitem uma melhor experiência por parte do utilizador. Ao navegar está a consentir a sua utilização. Aceitar
Open chat
Olá, necessita de ajuda?